Positive asphalt always tries to see the bright side of everything.
#27: When a slice is not enough
How do you know when a pizza is extraordinary?
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Well,
You drive all the way across the city to have it,
You realize you are hungry for lunch because it’s the only food you can visualize,
There is nothing else you can think of as the perfect lunch that morning,
You stare at the menu, unable to pick one recipe, although you know them all by heart (you know which one you are having, you’re just in denial and trying to go for novelty),
You visualize the pizza being slid into the wood oven and wonder about each moment’s degree of dough goldenness,
Although you plan to split a pizza, you end up devouring one by yourself,
Although you are a regular, you marvel every time at details such as the lightness of the base, the crispness of the crust, the thinness of the ingredients that allow for that flavor balance, the perfume perfectly cooked green papers exhale (not too raw, not too mushy).
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Yup, this one was spot on, too. (One large expresso and I can get back to work…)
#23: Imagens do Japão
Percorra-se o Japão e encontar-se-ão as cidades mais distintas, com identidades marcadas e as mais surpreendentes declinações de cada uma: da Osaka pragmática, feita para negociar, à excentricidade das suas etnias urbanas; da tradicional Kyoto dos templos e do cheiro dos pinheiros nos parque cobertos de verde aos colossais cristais que são os arranha-céus dos centros de negócios de Tokyo; das camadas de viadutos e ruas forradas de letreiros aos kimonos de seda nos comboios suburbanos.
Quem visite Tokyo pela primeira vez e percorra os seus bairros, julga-la-á cidade de mil facetas. É, para mim, aglomerado de mundos colados uns aos outros pela energia que nos compele pelas ruas, ora no pulsar das avenidas, ora na calmia dos arrabaldes, na paz dos templos ou no frenesim das megastores, amalgamando pessoas, veículos, sons, letreiros e caracteres, cores. Dir-se-ia que Tokyo existe paralelamente, em varias vidas.
Do Japão, recordaria essa diversidade e o contraste entre a modernidade tecnófila e a depuração clássica, as duas tão singulares e sofisticadas como só lá se encontram. Arrisco dizer que existem vários países dentro de cada japonês.
Talvez seja mais eficiente ilustrar estas sensações com imagens emprestadas de escritos mais competentes que o meu. Da cidade feita universo, sugiro “Thatness and Thereness”, por Ryuichi Sakamoto para a canção com o mesmo nome; sobre a infinita sensibilidade shintoista e Zen, alguns poemas Haiku do Mestre Matsuo Basho, viajante elementar. De resto, ficam as imagens.
Não esquecerei o gosto solitário do orvalho. Ou o j-pop ecoando pelas passadeiras em avenidas onde passamos centenas de pessoas.
Há Japão dentro de mim…
#22: Artigo no Público
No passado dia 19 de Maio, um texto meu sobre uma viagem ao Japão foi seleccionado para o prémio semanal de escrita de viagens dos leitores do Público. Assim, no topo da página 37 do Fugas – o suplemento de viagens do Público – foi publicado o Imagens do Japão.
Ao atravessar o Japão senti-me impressionado – talvez a palavra certa seja emocionado – com a complexidade do tecido social das suas cidades. É impossível a um único indivíduo viver a miríade de submundos existentes paralelamente, todos componentes verdadeiros de um mesmo organismo. A dificuldade de verbalizar esse espanto cristalizou nas linhas e fotografias que agora se imprimem.
O texto já se tinha lançado às águas da net há uns anos, n’O Covil de Miss Precious – blog mais ou menos bem comportado que alberga as rants da autora (de caminho, podem visitar). Desta feita, para além da edição impressa de Sábado, é publicado no website do jornal (ver link acima). Seguir-se-á, aqui no Going Bite-size, o artigo completo, com a extensão original (encurtada para o Fugas).
Aproveito para partilhar o artigo e agradecer aos jornalistas do Fugas, que todas as semanas nos levam a passear sem sair do sofá.
Adoraria ouvir a opinião de todos sobre o texto e, quem sabe, trocar memórias de viagens!
Going Bite-size 