#50: Sem ter de explicar as fotografias para sempre

Uma tarde, num lanche naquele café, ele disse-lhe:
– Sabes…
– Hmmm.
– Às vezes vejo fotografias antigas de quando éramos miúdos. E custa-me que não estejas lá e que tenha de te explicar uma coisa que não viveste.
– Mas mostras agora! E adoro conhecer o que eras antes de te conhecer.
– Sim. Mas…
– …
– Quando penso que já não tenho de não te conhecer fico aliviado e contente. Já não há mais fotografias em que não caibas, percebes? É isso.

Maya continuou a segurar a chávena de chá contra os lábios e, sem saber bem porquê, tentou esconder baixinho a emoção.

E soube que o amava.

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